Resumen
Em que medida uma aproximação histórica pode nos ajudar a entender a música praticada por alguns dos grupos indígenas do Nordeste brasileiro? Quais podem ser suas contribuições no exercício de descrição, definição e entendimento de repertórios, eventos, identidades e campos musicais? E na direção complementar: em que medida uma aproximação antropológica pode nos ajudar a classificar as representações encontradas nos debates sobre o lugar (ou não) do “indígena” nas musicalidades da região Nordeste? Focando a análise no fazer musical, o artigo propõe um primeiro exercício de entendimento das musicalidades encontradas dentre alguns dos grupos indígenas do Nordeste operando em termos de campos de interação musical articulando áreas de investigação mais amplas do que aldeias ou etnias, e situações musicais mais diversas do que as religiosas.
Abstract
To what extent a historical approach could shed light on the musical practices of some Nordeastern Brazilian indigenous groups? Similarly, to what extent could an anthropological approach help us to classify the representations found in the debates about the place (or not) of the indigenous people in Nordeastern musicalities? This article is a first attempt to grasp this issues and understand the musical practices of some Nordeastern Brazilian indigenous groups in terms of musical interaction fields that go beyond the ethnic or village boundaries and explore musical situations more diverse than the relisgous ones.